marketing cauda longa ganha versão brasileira

3 03 2008

webmarketing.jpgA primeira vez que cliquei na Sociale, me lembrei de um post que fiz no começo desse blog sobre a PRstore, uma rede de franquias norte-americana que monta lojas de rua e atende demandas de jobs de marketing pela web de maneira muito bem feita.

A Sociale é diferente. Tem um modelo cauda longa de negócios no melhor estilo da web 2.0. Através dela, empresas de todos os tipos e tamanhos podem solicitar materiais de comunicação como folhetos, outdoors, logomarcas, sites, entre outros, tendo a opção de definir o valor a ser pago pela criação. A Sociale une empresas e entidades que possuem necessidades de comunicação com profissionais que podem suprir estas necessidades.

Cada trabalho dentro da Sociale é como se fosse uma pequena concorrência. Quando o usuário solicita a criação de um material, uma rede de colaboradores da área analisa o pedido e desenvolve opções criativas. Recentemente eu tive o prazer de receber na minha agência a visita do Franco Rosário, sócio-fundador da Sociale e, para não perder a minha veia de jornalista-blogueiro, rolou uma pequena entrevista.

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Como surgiu a Sociale? Explique um pouco de sua visão, razões…

A Sociale surgiu em 2006 a partir do meu desejo de criar um modelo de trabalho novo para os profissionais de publicidade. Devo confessar que a idéia partiu de um problema pessoal. Na época, eu perdia muito tempo me deslocando para o escritório da agência onde atuava e queria trabalhar de uma forma diferente, de preferência em casa ou no local que eu preferisse. O conceito da empresa simplesmente surgiu em minha mente durante uma caminhada, quando andava de volta para casa.

E não parei por aí. Deselvolvi a idéia da Sociale, desenhei os processos e passei a estudar o mercado. Percebi que muitas empresas, principalmente pequenas e médias, não têm acesso a serviços de publicidade profissionais. Elas não têm verba suficiente para contratar agências de publicidade e acabam tendo que contar com profissionais “freelancer”, que muitas vezes não resolvem o problema.

A partir desta análise modifiquei a visão e a missão da empresa. Além de oferecer aos profissionais de comunicação um sistema livre, aberto e auto-regulado, representando uma nova forma de trabalhar, a Sociale também passou a se preocupar com a democratização dos serviços de publicidade, permitindo que empresas de todos os tamanhos pudessem contar com trabalho profissional.

A Sociale hoje trabalha com os interesses desses dois públicos e entendemos que ela representa uma tendência no mercado publicitário.

Qual a maturidade do mercado para entender e comprar os serviços de social media?

Social media é também um conceito muito novo e o mercado parece que está apenas começando a entendê-lo. Cabe aos pioneiros abrir caminho e educar os clientes sobre as possibilidades e benefícios.

Qual é o futuro da social media, na sua opinião?

Pensando em social media como “o uso da sabedoria dos grupos para conectar informações de forma colaborativa”, penso que seu futuro está relacionado ao oferecimento de serviços por parte desses grupos. A Sociale é um primeiro passo nesse sentido. A colaboração e a interação de indivíduos em grupos pode ser rentável.

Como você vê os conflitos e complementos entre a mídia tradicional e a social media?

A mídia tradicional nunca mais será a mesma. O discurso unilateral acabou e cada vez mais as pessoas darão importância à colaboração e à interação. Cabe aos veículos de mídia tradicional encontrarem formatos interessantes para aplicar os conceitos de social media.

É difícil dizer o que vai acontecer, estamos no meio do processo de mudança, mas é muito interessante participar disso tudo.

Além do seu portfólio de ofertas, como a social media pode ser útil para as empresas?

A utilização mais óbvia é uma empresa poder tomar conhecimento do que seus consumidores atuais e potenciais pensam dela, de sua marca, de seus produtos e serviços. Monitorar blogs, fóruns, sites de comunidade etc. é um primeiro passo para adquirir este conhecimento.

Além disso, é possível também conhecer e se relacionar melhor com o público interno, os funcionários. A social media pode ser utilizada para medir satisfação, desempenho, alinhamento aos objetivos da empresa e muito mais.

As empresas devem ter em mente que é possível se relacionar com seus públicos de forma muito eficiente utilizando social media, uma vez que é possível medir em tempo real as suas reações.


Ações

Information

4 responses

4 03 2008
Rodrigo van Kampen

Já me cadastrei no site da Sociale, mais por curiosidade depois que vi a matéria no Webinsider, porque realmente não acho que tentarei algum projeto. Mas esse é um modelo que realmente me divide: por um lado acho o sistema ótimo, por outro tenho medo que isso traga uma desvalorização dos serviços dos profissionais.

É o tipo de coisa que quero acompanhar para ver funcionando na prática. Estou muito curioso para ver os “resultados” disso daqui a um ano.

Abraços!

4 03 2008
msoma

Rodrigo, eu tb acho o modelo desafiador. Mas admiro a coragem do Franco e fico torcendo para que ele tenha muito sucesso. Abs e o obrigado por acompannhar os posts do meu blog.

4 03 2008
Franco Rosário

Obrigado pelos votos de sucesso, estamos trabalhando para isso =)

Eu não acredito que vai haver desvalorização dos serviços publicitários. Entretanto, estamos funcionando em um sistema de livre concorrência. Há espaço para Clientes de todos os tipos, bem como profissionais criativos, com liberdade de escolha. Este eu acredito ser o ponto principal.

Abraços.

5 03 2008
Sociale em piauí « ColaboraBlog - Sociale Comunicação

[…] Além disso, foi publicada uma pequena entrevista comigo no blog do Mario Soma, diretor executivo da RMA, que tive o prazer de conhecer na semana passada. Segue um trecho abaixo, para ler a entrevista completa visite o blog do Soma. […]

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