Logo após participar do painel “Digital Frontier Blogs: O quinto poder”, recebi um e-mail de agradecimento de Manoel Fernandes, publisher da revista Bites e diretor da W3 Editora, dizendo o seguinte:
Caros,
Acho que podemos montar uma trupe e sair pelo Brasil viajando para falar sobre Blogs com uma visão de negócios.
Fiquei honrado em contribuir para o brilho de cada um de vocês hoje no DigitalAge.
Abraços
Manoel
O “caros” diz respeito aos ilustres convidados: Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa; Manoel Lemos, fundador da WebCo S.A e do BlogBlogs e Alessandro Barbosa Lima, CEO da e.life. Uma trupe de renome. Faço das palavras do Manoel as minhas, em relação à experiência de ter participado de um painel junto com todos. Mas obviamente, pelo meu DNA, acabei fazendo um outro e-mail de agradecimento que uso neste post, pois vale uma reflexão. E se eu tivesse mais um minuto para falar depois de minha reflexão, diria exatamente o que respondi por e-mail:
Eu é que agradeço. Queria registrar aqui algumas impressões de quem vive o mundo corporativo, trabalha com profissionais de mídia social nativos e tem contato diário com a imprensa.
- Participar de um painel como este é rico, porém mostra que efetivamente vivemos dois mundos: o corporativo e o dos “nativos”. Digo isso porque:
- Nos “Camps“, NOBs, Twitterlunchs… da vida, o fórum de discussões é mais focado no lado operacional e dos valores:
- post pago x jabá;
- open source x plataforma proprietária;
- estratégia 1.0 x cultura 2.0 [vide casos de insucesso];
- como usar a mídia social para tornar o “mundo mais verde”;
- blogueiros X jornalistas…
- No mundo corporativo, engatinhamos na linha do convencimento a respeito do conceito de mídia social e das regras da empresa:
- maturidade e arrojo de poucos profissionais X medo de outros entrarem num mundo “novo” e desconhecido ;
- social media workshop e social media training X “isso é coisa para adolescente”;
- ROI x ROE;
- investimento de 2,8% [web] X 97,2% [tradicional] em marketing;
- controle X descontrole;
- necessidade de sempre parecer bonito na foto X comentário negativo no blog;
- abertura de diálogo X empurrar discursos enlatados…
No final das contas, as pessoas basicamente se diferenciam por um aspecto: “se a ficha caiu ou não.” Digo isso porque é no esclarecimento desse cenário que encontraremos um espaço interessante para discussão. Temos uma responsabilidade enorme como evangelizadores. E isso não pode ser esquecido.